Um motoboy que faz entrega de comida por aplicativo se arriscou no início da tarde desta quarta-feira (13) na Marginal Tietê ao carregar quatro mochilas térmicas empilhadas.
O entregador foi flagrado pela equipe da TV Globo quando passava perto do viaduto da Rodovia Anhanguera, no sentido Castello Branco. O vento estava forte e entortava as bolsas.
A busca por entregas delivery aumentou durante a pandemia do coronavírus. Entregadores de comida disseram ao G1 que além de aumentar a demanda, a concorrência também cresceu.
O aplicativo brasileiro iFood viu o número de candidatos a vagas de entregador da plataforma mais que dobrar em março, disse um executivo à agência Reuters diante da pandemia o coronavírus, que levou muitas pessoas e empresas a adotarem medidas de isolamento para conter o avanço da doença.
O aplicativo, que opera em mais de mil cidades em todo o Brasil, recebeu em março 175 mil inscrições de candidatos interessados em atuar como entregadores na plataforma ante 85 mil em fevereiro, contou o vice-presidente financeiro e estratégico do iFood, Diego Barreto.
Os aplicativos de transporte não têm relação de emprego formal com os trabalhadores dessas plataformas. Embora existam processos que busquem estabelecer vínculo empregatício, o atual parecer do Superior Tribunal de Justiça (STJ) é que não há relação formal entre esses prestadores de serviços e aplicativos como Uber, iFood, Rappi e 99. Neste ano, Tribunal Superior do Trabalho (TST) tomou parecer semelhante, levando em conta a ausência de subordinação como argumento.
Apesar da ausência de direitos trabalhistas, as empresas dizem ter tomado algumas atitudes para mitigar os riscos: várias delas anunciaram pacotes de auxílio para motoristas e entregadores que eventualmente ficarem doentes, além de equipamentos e produtos de proteção.
Motoqueiro se arrisca na Marginal do Tietê, em São Paulo, com 4 mochilas térmicas — Foto: Willian Santos/TV Globo fonte G 1